sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Ondas do mar
Vais. Vens. Nunca ficas. És como uma onda do mar inquieta, em constante vaivém. E como uma onda do mar, ocultas retalhos perdidos, aqui e ali. Esforço-me por tentar encontrá-los todos, mas nunca conseguirei reuni-los na sua totalidade e juntá-los de forma a que façam finalmente algum sentido. E então fico aqui, ancorada na praia, a ver-te partir para logo depois regressares. É apenas isto que posso fazer: observar-te. Nada mais. Sabes, o meu amor por ti esbate a linha do horizonte que vejo daqui. Todos estes grãos de areia testemunham as minhas tentativas infrutíferas para não verter lágrimas, mas enfim, são tentativas infrutíferas. Fico aqui sentada, agarrada às memórias que se empilharam na minha alma, esmiuçando-as procurando encontrar as que valeram a pena. Anoitece a pouco e pouco, vejo o sol pôr-se e recordo outros finais de tarde passados aqui mesmo, contigo. Antigamente as coisas eram diferentes, agora tudo se transformou. Levanto-me, olho mais uma vez o mar, e fico parada, abstracta relativamente a tudo à minha volta. Apercebo-me de que as memórias não te trazem de volta, não mudam nada. Apenas fazem perdurar um pouco mais a ilusão em que me deixei entrar. Caminho, solitariamente, sem nunca deixar de olhar estas ondas intermitentes, sem nunca deixar de pensar que agora é o momento de retornares à minha vida.
Esquecer
“ – Eu só queria que me esquecesses”. Tens noção que é talvez o pedido mais impossível de concretizar que já alguma vez me fizeste? Tu não tens de facto consciência de todo o amor que nutro por ti. Não fazes ideia o quanto magoa saber que não te posso ter, apesar de toda a luta que empreendi durante todo este tempo. Sabes, depois de tudo o que se passou connosco e depois de ver que nenhum resultado obtive, dá vontade de deixar de lutar, de deixar de construir algo que nunca estará edificado. Às vezes gostava de poder acreditar que nada é como eu penso, que poderemos um dia vir a ser algo mais, que já não existem mais barreiras para transpor. Mas é impossível eu crer em tais coisas. Eu observo tudo à nossa volta, e tento compreender tudo o que nos envolve e retiro daí todas as induções que preciso para perceber tudo. Ou quase tudo. E percebo que falhámos em muita coisa. Gostava de ter o poder de alterar tudo, de sair ilesa de todas estas histórias, mas não sou capaz. Por mais que eu seja forte, por mais que eu me previna, por mais que eu tente esquecer, há demasiadas coisas a magoarem-me e a manter-me agarrada a tudo isto. Eu tento acreditar nas tuas palavras, mas surgem sempre todas aquelas dúvidas persistentes que destronam todas as certezas que eu tão arduamente adquiro. E tu não ajudas, sabes? Enfim, são demasiadas as coisas erradas que persistem em pairar ao nosso redor. E acho que nunca nos iremos livrar delas. Eu gostava de conseguir fazer o que me pedes – esquecer – mas não sou capaz. Não agora. Não depois de tudo. Um dia, quem sabe, o tempo passe uma borracha nesta nossa parte da história e consigamos ser apenas os “amigos normais” de que falas. Mas isso apenas um dia, porque agora os sentimentos estão demasiado insolúveis para se deixarem anular.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Puto fofinho
Porque eu fico tremendamente encantada sempre que te vejo, porque esses teus olhinhos pequeninos são mesmo deliciosos, porque esse teu cabelo loirinho faz-me estremecer, porque esse teu sorriso é tão adorável, porque tens esse jeitinho especial. Não me canso de olhar para ti, de te procurar, de percorrer avidamente cada foto tua. És tão fofinho, és o meu puto fofinho.
Transparece
Transparece. Mostra o lugar mais profundo da tua alma. Não escondas o teu ser, não escondas todo o sentimento sóbrio que ocupa a tua cabeça e o teu coração. Apenas deixa acontecer.
Pedacinho
Sim, aquele pedacinho. Só me falta aquele pedacinho para completar esta felicidade que de tão grande que é, por vezes já me parece completa. Não percebes, ou finges que não percebes, que podíamos ser mais, ter mais, viver mais, que eu quero mais. Gosto de tudo o que somos, de tudo o que temos, mas dou-te certezas de que poderíamos alcançar patamares muito mais superiores de felicidade. E no entanto, por estupidez, sim, pura estupidez não avançamos. Não somos o que deveríamos ser. Um dia, julgo que vais me dar esse pedacinho que falta. Um dia.
Apenas tu
Apenas tu sabes como me fazer sentir realmente feliz, apenas tu sabes como me fazer soltar aquele largo e verdadeiro sorriso. Não esperava que fosses quem és, não imaginava que fosses esta pessoa fantástica. Eu conhecia-te, ou assim pensava, sabia que eras espectacular, mas não imaginava que fosses simplesmente excelente. Fazes-me acreditar que tudo é possível, que nunca mais vou sair desta rede com que me envolves, que nada disto acabará um dia. Tu compreendes-me.
Juntos ou separados
Alheios a tudo, impotentes face ao destino. São dois seres unidos por tudo, e simultaneamente, por nada. São dois caminhos que se cruzaram e decidiram alongar-se em conjunto. São duas vidas, antes feitas em conjunto, agora com algo em comum. E seguem assim, ora juntas, ora afastadas, sem um destino traçado, sem um rumo definido por uma ânsia comum. Falta a partilha de vida. Porque de nada nos serve seguirmos juntos, se não olharmos um para o outro. Escassos momentos partilhados de tempos a tempos não chegam. Porque é apenas aí que eu faço parte da tua vida e tu da minha. E eu quero fazer sempre. Estar sem estar, tu percebes.
Agora
Cada olhar. Cada conversa. Cada sentimento. Para ti, deve ser apenas mais um. Mas para mim, significa o infinito, significa o que era impossível no passado, significa não um eu e tu, mas um nós, cada vez mais consolidado. Sujeitas-me a esta espera inquietante, mas no fundo eu aprendi a aguardar, na solidão que se assolou de mim. Nunca pensei estar tão perto. Estar tão perto, ainda que tão longe, simultaneamente. Funcionávamos apenas como conhecidos, e agora as coisas mudaram. As coisas evoluíram de forma rápida, sinto que te conheço desde sempre e no entanto, não sei como lidar com esta súbita amizade. É estranho como antes os olhares eram frios e evitávamo-nos, e agora, quase de repente, somos confrontados com a necessidade de emitir um Olá e desenhar um sorriso. Estas simples situações banais tornaram-se um quotidiano que eu nunca pensei existir. E todas as nossas conversas fazem-me sentir mais perto de ti, é bom saber que confias em mim, que nos damos bem. Sentir isso faz-me feliz. Sim, às vezes é necessário muito pouco para construir uma felicidade e esboçar um sorriso verdadeiro.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Míngua
Não preciso de ti . Todos os dias me tento convencer de que isto constitui uma verdade na minha vida , mas não . Cada momento em que não estás é a confirmação de que careço da tua companhia , cada minuto que passa e não te sinto traz uma enorme vazão que se arrasta sem destino pela minha alma . És necessidade para mim , não sei viver sem ti . Em tempos soube , mas depois de tudo o que passamos não mais seria capaz de tal . Tornaste-te tremendamente especial , demais para eu poder explicar . Povoas os meus pensamentos , os meus sonhos , tudo . És tudo . Gostava de poder dizer que não reside em mim toda esta indigência de te ter , mas não sou capaz . Deixas-me nesta escassez de palavras , é míngua qualquer tentativa de descrever aquilo que significas para mim . Simplesmente tornaste-te num ser extremamente importante para mim e amo-te para além de tudo o que possas imaginar <3
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Fazes-me falta
Fazes-me falta. Passámos todo o passado vivendo como meros desconhecidos. No presente, poderíamos partilhar uma vida, um conjunto de duas existências e apenas partilhamos escassos períodos de tempo. São maravilhosos esses momentos, sabes?! Mas não me chegam. Eu quero mais. Quero que estejas comigo nos momentos mais importantes e também nos momentos que não são tão importantes, quero que faças parte da minha história de vida, quero poder dizer que participaste dos momentos cruciais da minha existência. E actualmente isso não acontece. Não me conformo que continuemos a insistir neste afastamento, que continuemos a fingir que nada existe entre nós. E no entanto não consigo deixar de pensar que tudo está bem como está, que vivemos bem assim. Adoro todos os momentos que passámos juntos, nesses dias não consigo deixar de pensar o quanto foi bom estar contigo. Estampas um largo sorriso no meu rosto, fazes com que o teu sabor permaneça nos meus lábios por tempo indeterminado, fazes com que eu me sinta tremendamente feliz. Adoro te tanto <3
sábado, 15 de novembro de 2008
Cansei-me
Cansei-me de ser a última a saber o fim, cansei-me de promessas prometidas e não cumpridas, cansei-me do teu olhar meigo que depois de tudo venho sempre a descobrir que é falso. Cansei-me de juras de amor eterno, que só têm significado no agora. Cansei-me de descobrir que não me amas, cansei-me de perceber que só sirvo de boneca nas tuas mãos, cansei-me de olhar para ti e descobrir que não passas de um calculista. Cansei-me de te ver acordar e sorrir-me sorumbaticamente, cansei-me de falar e não ser ouvida, cansei-me de me esforçar para que tudo resultasse. Cansei-me de pedir-te que ficasses mais um pouco, cansei-me de sonhar contigo, cansei-me de escutar as tuas ofensas. Cansei-me de esperar que chegasses, cansei-me de ir à tua procura pelas vielas da vida, cansei-me de ser tua. Cansei-me de sentimentos mal iluminados, cansei-me do desprezo com que me afastas de ti, cansei-me de te conceder mais uma oportunidade. Cansei-me de te ver todos os dias, cansei-me desta relação que nunca chegará a bom porto, cansei-me de ti, cansei-me de nunca te ter conseguido dizer a palavra certa, por isso agora: Adeus!
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Melancolia
Não sei o que me acontece nestes dias. Sou assaltada por uma enorme melancolia. E então só me apetece ripostar contra tudo e todos, só me apetece estar sozinha, só me apetece pensar mal de tudo. Nestes momentos sinto uma enorme vazão interior, parece que nenhum pedaço da minha alma se consegue unir aos restantes e então todo o meu espírito tem de ficar em partes à espera de serem coladas. Não estou completa, apenas tenho essa noção. Falta me algo, falta me muito, não sei, falta me o quê? Esta é já uma pergunta tão antiga na minha cabeça, tão reflectida e no entanto, continuo sem encontrar a resposta. Nunca ansiei tanto a solução de uma questão como anseio a solução desta. Um dia, quando finalmente descobrir, irei conseguir finalmente ser feliz por completo, sem medos, sem angústias, sem esta necessidade de melancolia que me afecta a cada instante?! Não sei, mas gostava de poder tentar.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Confusão
Quando penso que tudo mudou, que nada mais será como antes, que a partir daqui apenas vamos calcorrear um caminho feito de felicidade, aparecem estes contratempos, que me fazem reflectir se tudo o que eu penso não é um erro, se não sou uma simples marioneta, em que pegas sempre que queres brincar e abandonas depois. Eu sei que não és assim, mas no meio de tudo entram os teus amigos que me deixam confusa, que me intimidam com a posição que têm em relação a nós e que lançam aqueles olhares de que sabes que não gosto. E assusta-me pensar que fico desta forma apenas por causa dos teus amigos e não por causa de algo que tenhas feito. Eu não me sinto bem e tu sabes disso. Nós somos algo tão incerto e tudo o que acontece à nossa volta vem aumentar esta incerteza toda. Não sei definir esta sensação que se apoderou de mim, sei apenas que tenho muito medo de te perder e que terei de lutar, lutar muito, para não deixarmos desmoronar-se tudo o que conseguimos, arduamente, edificar.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Um dia pensei
# When you get what you want, but not what you need.
# Esqueceste-te de como se sorri, de como se esboça algo tao puro e simples, algo que dá cor e luz à minha vida.
# Tenho a cabeça completamente cheia, atafulhada de todos estes pensamentos, de todas estas dúvidas persistentes.
# It couldn't be better or worst; it could be just like is happening.
[...]
# Esqueceste-te de como se sorri, de como se esboça algo tao puro e simples, algo que dá cor e luz à minha vida.
# Tenho a cabeça completamente cheia, atafulhada de todos estes pensamentos, de todas estas dúvidas persistentes.
# It couldn't be better or worst; it could be just like is happening.
[...]
domingo, 9 de novembro de 2008
O destino mudou
Quando sentimos que por alguma razão o mundo nos foge das mãos e que não há luzes a guiar-nos no caminho até casa, tudo parece ter perdido a sua razão de ser. Então, desacreditamos tudo, num acesso de fúria incontrolável que se apodera implacavelmente de nós e não nos permite sentir, apenas e só sentir. Parecemos fraquejar perante qualquer barreira que se nos apresenta, procurámos e não encontrámos as armas com que costumávamos lutar e então a luta mostra-se-nos irremediavelmente perdida, mesmo sem ter sido travada. O desânimo apodera-se do nosso espírito e o arbítrio final surge como certo, tão certo que nem chegámos a duvidar da incerteza que ele pode conter. Procurámos, no meio de nada, forças para continuar, e quando parece que encontrámos o tudo, afinal era somente um idílio produzido pela nossa cabeça entretanto alterada pela sua sede de felicidade. Nunca antes tínhamos imaginado que um dia tudo se tornaria tão cinzento, tão repleto de ruído, tão incerto. E quando o nosso mundo se torna naquilo que não pensamos ele vir a tornar-se algum dia e só queremos partir deste lugar, não há nada a fazer: o coração já se despedaçou.
sábado, 8 de novembro de 2008
Falta algo
Vens desse modo, muito de mansinho, pedes as tuas desculpas, com as palavras de afecto que sempre usas nestas ocasiões e pensas que tudo fica bem. Mas não, tudo fica deteriorado, porque mostraste mais uma vez seres capaz de me desiludir, seres capaz de errar. Sabes, nem sempre as tuas palavras mudam tudo para melhor, às vezes era melhor guardare-las e fazeres uso delas noutras conjecturas. Quando me magoas, não é por dizeres que não o vais fazer mais que eu vou acreditar. Porque tu sempre arranjas forma de eu ter de me preparar para o teu próximo erro, sempre arranjas forma de eu ser obrigada a duvidar de tudo o que temos, o que somos, o que fazemos. Nunca me poderei prender demasiado a ti, porque sei que a qualquer momento poderei ter de me desprender. Não sabes, não imaginas sequer, o que é ter de pensar no futuro desta forma. E tu só fazes planos para o futuro, e acabámos por esquecer de viver o presente, que consegue ser tão bom. Sabes, os dias contigo são fantásticos, mas eu sinto a todo o momento que nos falta algo. E não sei explicar esta ausência indefinida, mas tenho a plena noção de que ela existe. Falta, falta algo. Agora tenho o que queria, mas não tenho o que preciso.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Há quem
Tornamo-nos prisioneiros daquilo em que não acreditamos e no entanto temos necessidade de continuar a lutar por essa mesma coisa. Às vezes, apenas ouvimos palavras impessoais, que perderam o toque, o sabor, o gosto e se tornaram algo demasiado banal para continuarmos a escutar com o entusiasmo de antes. Contudo, nessa mescla, sempre emergem palavras que dão gosto escutar, que nos prendem a atenção e nos transportam para outra dimensão. Há palavras que nos beijam, há palavras que nos elevam, há palavras que nos tornam um tudo no meio de nada. Há quem saiba tornar simples existências em vivências. Há quem saiba mostrar-nos o verdadeiro significado de Vida e ensinar-nos o valor do orgulho em alguém. Há quem nos torne mais e mais. E tu sabes fazer isso como ninguém.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Especial
Cada momento que passo contigo é apenas a confirmação de que te quero ao meu lado para sempre. Não consegues sequer imaginar o quanto me fazes feliz com cada sorriso, com cada toque, com cada palavra, com cada beijo. Sim, tu és diferente e é talvez isso que me faz gostar tanto de ti. És especialmente especial. Não sei como te agradecer toda a felicidade que trouxeste à minha vida, cada sorriso meu é apenas mais um simples agradecimento por seres quem és e por me fazeres tão feliz. Nunca te quero perder. Antes, eu sabia viver sem ti, porque nunca tinha vivido contigo. Mas agora que sei a dádiva que é poder ter-te por perto, não conseguiria suportar a minha vida sem ti. Adoro-te tanto, tanto, quero-te comigo a toda a hora e cada hora que estás comigo é fantástica. És essencial! Amo-te <3
domingo, 2 de novembro de 2008
As palavras
Dizemos sempre coisas de que nos arrependemos. Talvez porque antes de as proferirmos não pensamos no impacto que vão causar em quem as escutar, talvez porque não pensamos no que estamos a dizer e acabámos por dizer palavras que não são o que sentimos, talvez porque não sabemos medir as consequências dos nossos actos. Por muitos talvezes. E sempre que queremos que acreditem verdadeiramente nas nossas palavras falamos baixinho. Porque desse modo as palavras soam doutra forma, porque desse modo as palavras transformam-se em verdades inquestionáveis para nós. As palavras são capazes de ser tão mágicas. Só quem as conhece verdadeiramente conhece o mistério que estas encerram. Com as palavras, podemos ferir, orgulhar, felicitar, alegrar, entristecer, zangar, podemos fazer tanto com tão pouco. As palavras são algo de fabuloso, sem qualquer dúvida.
sábado, 1 de novembro de 2008
Tudo foi ilusão
Acordas vivo e, no entanto, não sabes como viver. Sentes uma enorme falta de percepção quanto a tudo. Não sabes como irás enfrentar mais um dia, igual a tantos outros, ou ainda pior. Tudo o que passou foram situações que não soubeste viver, que não foste capaz de compreender e aceitar. E agora restam-te as cinzas escuras de algo que afinal nunca tiveste em tua posse. Sentes que nunca foram verdadeiramente um do outro. E esse sentimento não poderia ser mais nefasto. Cada momento, cada sorriso, cada toque, cada lágrima, cada beijo parecem te agora mentiras muito bem construídas, parece-te um grande teatro, em que foste um actor principal a actuar como actor secundário. Tudo o que viveste foram puras ilusões e agora sentes-te atraiçoado. Não poderia ser mais duro, não poderia ter corrido pior. Todo o idílio que construíram desmorona-se e acordas para a realidade em que afinal sempre viveste. E ela não é como desejas.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Essência
Ainda recordo a doce essência que a tua pele suave emana. Essa essência que prevaleceu em mim aquando da primeira subtil troca de olhares, do primeiro amedrontado toque entre peles tão desconhecidas quanto as nossas, do primeiro sussurrar de palavras amenas entre suspiros escondidos. Essa essência que, por mais que tente, nunca irei conseguir decifrar e interpretar qual a sua origem. Essa essência que mexe comigo e me deixa à espera de algo de ti. Essa essência que faz com que o meu coração palpite mais velozmente. Essa essência com que te encontro sempre à minha espera, já de sorriso maroto. Essa essência que me faz suspirar como se fosse uma adolescente a lidar com o primeiro amor. Essa essência que me acompanha noite e dia. Essa essência junto da qual eu vejo o pôr do sol, o mais belo pôr do sol de sempre. Essa essência que me leva à lua e me traz de volta no mesmo instante. Essa essência que recordo nos meus utópicos sonhos. Essa essência que me tirou do sério e me fez rir. Essa essência que me prende a ti e não me deixa sair. Essa essência que é o teu doce aroma, a tua alma sonhadora. Essa essência que adoro e nunca irei esquecer.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Choro
Choro. Choro porque o instante não me abona. Encontrei no meu âmago a sensação de toda a minha vida ter percorrido um caminho que inexoravelmente me conduziu a ti. O antes de ti foi vazio. Serás razão para gordas gotas salgadas correrem sistematicamente pelo meu rosto, de sorriso mais que apagado? Marcaste a minha sina, sinto que voltei a não ser capaz de ter um mínimo de controlo sobre os meus sentimentos tão fortes, mas tão pequeninos nas suas capacidades de luta. Revelaste-te omnipresente na minha mente, o vento traz-te até mim e logo de seguida leva-te, vejo cada pedaço de ti, não como no ontem, mas como no agora que se me afigura sombrio. Choro. Não retornas às minhas mãos, eu não povoo os teus sonhos, não faço parte das coisas essenciais para viveres. Sinto-me um nada a flutuar no ar, a pairar sem destino traçado. Apagaste as minhas imunidades, revelaste o meu lado frágil e depois fugiste com tudo o que me retirava as fraquezas. Fizeste as malas, encheste-as com os momentos que tínhamos passado, apenas me deixaste um último beijo, com sabor a muito pouco, e partiste. Fiquei na sombra, no recanto usual em que sempre me refugiei, chorei abundantemente e tentei afastar o medo da solidão que se tentava apoderar de mim. Começo a perceber que não sou capaz de suportar a tua ausência, é demasiado absurdo tentar reiniciar a minha vida, uma vida que sempre foi feita com e para ti, nada mais faz sentido. Quis seguir-te, tentar entrar de novo na tua vida, mas percebi que já não era bem-vinda a ela. Tornaste-te frio, procuraste afugentar-me. E isso não permito. Agora quero-te longe, vai para bem longe daqui e nunca mais te afigures à minha frente ou me dirijas qualquer conjunto de palavras. Fartei-me de ti, não mais te consigo suportar desta forma hipócrita. No entanto, ainda te amo e choro a tua ausência e a tua mudança. Como nunca havia chorado por ninguém. Sim, ainda te amo muito, meu amor.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Fechaste a porta do teu olhar
Fechaste a porta do teu olhar. Senti tudo ficar escuro à minha volta, o mundo parou e as janelas da minha mente foram fechadas também. Ias-te embora, pela estrada por onde outrora vinhas ao meu encontro. Doía por dentro. As lágrimas irromperam dos meus olhos, sublinhei o desespero do meu amor. Nunca saberás o quanto me custou, ali sentada, de face húmida, a ver-te partir pela rua abaixo, de costas voltadas para mim. Quis correr para ti mas percebi que isso nada mudaria, só tornaria o momento ainda mais penoso. Não ousaste olhar nenhuma vez para trás. Chorarias ou não me quererias encarar uma última vez? Foi tão duro, nunca mais quero experimentar a dor de uma partida. As nuvens corriam velozes, como que a anunciar que também tu saías da minha vida de forma veloz. Deixei de te ver, viraste a esquina ao fundo daquela rua que tinha presenciado o nosso Adeus para sempre. Deixei-me ficar semi-deitada nas escadas daquela casa onde tantas vezes me tinhas vindo trazer, nas escadas para onde o mundo me tinha atirado sozinha de forma cruel. Anoitecia pouco a pouco. Muitas pessoas passaram, poucas se preocuparam com as lágrimas que rolavam repetidamente pela minha cara abaixo. Por vezes, subitamente, olhava para o fundo da rua; podias ter percebido que aquele não era o teu caminho, apenas o poderia ser se feito comigo. Mas não, tu não voltaste, não te lembraste que eu ainda te poderia ali esperar. Anoiteceu por completo, já só o brilho da lua lá no céu longínquo testemunhava o meu sofrimento naqueles degraus polidos pelo meu pranto. Pensei em levantar-me, sair dali, mas as forças eram poucas, tinhas-me deixado num estado de completa exaustão. Como era possível que de um momento para o outro tudo se desmoronasse à minha volta? Não tinha mais em que acreditar, havia perdido tudo o que ainda me fazia viver por assim o desejar, havia-te perdido a ti. E não sabia ao que me havia de agarrar para continuar os meus dias e ultrapassar cada momento de solidão. Ahhh! Apetecia-me gritar contra o mundo tão cruel para mim naquele dia. A mágoa invadiu-me por completo. Levantei-me por fim, deambulei pela cidade adormecida pela noite, notando todo o encanto que ela tinha perdido. A minha vida também tinha perdido todo o encanto. Cansei-me de vaguear, voltei para aqueles degraus, para a minha casa. Empurrei a porta com estranho pesar, senti aquele espaço demasiado vazio. Caí mesmo ali no sofá e adormeci a chorar.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Pura inocência
Tenho saudades dos meus tempos de criança, uma rapariguinha feliz e ingénua. Gostava tanto de brincar, como qualquer miúda. O meu mundo era um faz de conta e a minha vida saía dos livros de contos de fadas, que sempre entendi não poderem ser reais. Adorava sair pela minha janela sem ninguém saber e ir explorar o mundo, correr, saltar. Subia às árvores, como um miúdo, e nas cerejeiras ficava lá escondida a comer cerejas. Era tão bom. Hoje não tenho tempo para uma tão simples tarefa como essa. Amava o meu quarto, e ainda amo. Com um simples empurrar da porta, e um passo em frente, sempre lá consegui encontrar retalhos importantes do meu mundo, aquele em que sonhava viver. Chateava me vezes sem conta com a minha mãe (e ainda hoje me chateio) e sempre encontrava no meu avô um defensor à altura de um bom advogado de defesa. Sentia o mundo girar nas minhas mãos, característica que ainda hoje perdura. Seja ela boa ou má. Queria sempre fugir e amuar, mas ninguém me deixava. Por isso, amuava para me deixarem amuar. Desejava ser mais velha, para poder fazer tudo o que me apetecesse. Hoje vejo que isso nunca pode acontecer. Naqueles tempos, queria um balão, sempre que via um. Adorava balões. E era tão doloroso para mim quando eles me fugiam e voavam para o céu longínquo. Amava os momentos passados com a minha prima (e ainda hoje amo). Éramos (e somos) as melhores amigas. As nossas brincadeiras eram tão parvas, mas tão enriquecedoras e engraçadas. Detestava a Carolina, por disputarmos a atenção da Andreia. Hoje somos 3 pépias bem amigas e recordamos esses momentos com muitas gargalhadas. Nos tempos de infância, ainda conhecia poucos dos amigos que hoje preenchem a minha vida. Alguns ficaram para trás, assim aconteceu, nada posso fazer senão conformar-me. Em miúda era muito tímida. Só ia ao colo da minha mãe, nunca falava à primeira com ninguém e detestava que me apertassem as bochechas e dissessem o típico “Cutxi, cutxi, cutxi, tão fofinha que ela é!”. Também não gostava que dissessem “Ela está tão crescida!”, porque, ou as pessoas nunca me tinham visto ou estavam claramente a mentir. Queria viajar, conhecer novos mundos, partir à descoberta, agarrar sonhos e partir à concretização deles. O mundo era tão pequeno para tantas descobertas e partilhas que eu tinha para fazer. Hoje sei que nada é como imaginamos quando estamos na idade da pura inocência e que as pessoas entram e saem da nossa vida, poucas permanecem. E é às que desde que entraram na minha vida, lá mereceram ficar, que eu tenho que dizer um Obrigado do fundo do <3. Porque há pessoas que o merecem. Elas sabem quem são. Para as outras, tenho de informar que já não vivo na idade da inocência.
domingo, 26 de outubro de 2008
You make me smile
You make me smile. Sim, fazes me sorrir. Nunca soube bem porquê, e acho que nunca saberei a razão exacta. Sei apenas que trazes de volta o sorriso que por vezes se perde da minha face, sei que ainda vives no meu sonho, sei que me fazes sorrir como se não houvesse amanhã e esse sorriso é puro, é verdadeiro, é o espelho do meu afecto por ti. Fazes-me sorrir nas noites em que sinto o teu afago quente e suave, nos momentos em que me fazes sentir protegida, nos segundos em que o tempo pára e o teu sibilar me envolve. Nesses fabulosos extractos de tempo eu sinto o melhor de ti e tu revelas o melhor de mim. Fazes-me sorrir com as tuas doces palavras, com o teu jeitinho de ser que tanto me apaixonou, com aqueles gestos que mostram a essência da paixão. Fazes-me sorrir ao te ver de novo, ao ver que tenho um novo sinal, uma nova mensagem tua, fazes-me rir da insólita dor de barriga que me dá sempre que falo contigo. Fazes-me sorrir quando voltas, quando te aproximas, quando te recordas de mim, fazes-me sorrir de cada vez que me levas a viajar de novo no teu mundo. Fazes-me sorrir porque o presente contigo é tão bom e porque o dia de amanhã ainda pode ser melhor. Fazes-me sorrir de cada vez que não me dás motivos para ficar triste contigo, fazes-me sorrir em momentos que para sempre quero guardar comigo; nunca os quero perder nas teias do tempo. Fazes-me sorrir sempre que te sinto comigo, mais perto de mim. Fazes-me sorrir, porque és tu <3 .
Sonho
Sonho, porque enquanto sonho o meu mundo aparece ao meu redor. O meu mundo torna se real por breves instantes, concretizo imagens da minha mente, sinto sentimentos sinestésicos. Durante breves momentos vejo à minha volta ideias e quimeras apenas almejadas pela minha frágil alma, sempre ansiosa por um renascer que nunca vem. Sonho, e enquanto sonho, existo. Crio o meu ser, invento uma nova vida, descubro que posso ser mais e mais. E o encantamento é justamente esse.
Sonhei contigo
Sonhei contigo esta noite. Um sonho que poderia ter sido igual a todos os outros, mas não o foi. Não mais era o mesmo cenário, os mesmos afectos, não mais éramos as mesmas pessoas. Não mais era um sonho. Foi duro perceber que o antigo idílio nunca irá acontecer e que agora o que tenho se resume a um sonho desfeito. E sei que esta noite esta quimera me vai acompanhar de novo, esta e todas as noites que a seguir virão. Quebraste as asas que me davam liberdade para sonhar contigo, connosco. Vieste, disseste as palavras que eu não esperava ouvir, pediste mil desculpas, e foste. Mas as tuas desculpas não alteram o sentimento de que me jogaste na abjecção, não fazem o pranto voltar para onde nunca deveria ter saído, não fazem com que eu esqueça que me enganaste, mais uma vez. Colocas-me sempre nesta ilusão de que tudo voltou ao normal, para depois me deixares sempre na lamúria. Fazes com que eu sinta que sempre que voltas para ao pé de mim eu perco o controlo sobre mim própria e deixo de me lembrar que a seguir vem o momento de me magoares, deixo de saber que, mesmo que não seja essa a tua intenção, no final me vais sempre ferir a alma. Não, o sonho já não é o mesmo de ontem, esta noite acordei de novo para a realidade que se resume a dois caminhos divergentes.
sábado, 25 de outubro de 2008
Apática
Olho para tudo com estranha apatia. Nada está como ontem. As coisas voaram céu fora e não me avisaram da sua partida. Tudo mudou, o vento tudo revolveu, os sentimentos foram vilipendiados, as ilusões tornaram-se meras existências, as palavras secaram, a esperança acabou. Nunca esperei tudo isto, aconteceu da noite para o dia. Entreguei-me ao vento, mas ele não me fez partir daqui. Larguei ambições, desejos, sonhos, quimeras e passei a apenas aceitar realidades. Estava farta de toda a hipocrisia adjacente às relações humanas, de todos os sorrisinhos falsos, de tudo o que não era verdade. E então tornei-me frontal. Eu mudei, tu mudaste, todos mudaram. E agora resta-nos aprender a viver com a mudança.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Seguir ou ficar?
É tão difícil compreender tudo, decidir se sigo em frente ou estagno neste sítio onde ambos permanecemos por agora. Singraremos caso prossigamos em frente? O caminho que avistamos é tao repleto de nevoeiro, não há como ver nada do que nos espera, não há como compreender o que nos faz querer ficar aqui, onde tudo é tão perfeito e, simultaneamente, tão idílico.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Best <3
Pensei, repensei e tornei a pensar em tudo. Fazes-me bem, sabes?! Tentei encontrar as coisas erradas em ti, em nós, mas não encontrei. É como se toda a minha vida anterior tenha sido apenas um prelúdio, uma jornada até ti. Agora sinto que nada pode abalar esta felicidade, no entanto tenho consciência de que não deveria pensar assim. Eu tento duvidar de tudo, mas não consigo. Tu não me dás qualquer razão para duvidar, tu só me dás razões para cada vez mais confiar em tudo o que se cinge a nós. Todos os dias que passam são as provas que precisava definitivamente para confirmar que és o que eu queria, que és o que eu sempre busquei e com dificuldade encontrei e alcancei. Tu tens as qualidades que eu gosto, tu tens os defeitos que eu sou capaz de suportar, tu és o tudo em contraste com o nada que eu tinha. Num tão curto espaço de tempo, construímos tanto. Nunca pensei que atingíssemos um patamar tão alto, tu tornaste-te tão vital, tão importante. E eu julgo que também me tornei assim importante para ti. Fazes-me bem, agora sim o meu sorriso está completo. Sim, nós temos sentimentos diferentes, ambos sabemos. Mas a pouco e pouco, fui-me habituando a pensar apenas na amizade que nos une, a pensar em ti como amigo, um amigo especial apenas. E o outro sentimento, que continua a existir, que era tão grande, mas tão pequenino na sua força, fortaleceu imenso, agora está fortíssimo e acho que não terminará a curto prazo. Dás-me asas para sonhar, deixas-me acreditar que podemos construir muito mais do que aquilo que já edificamos. Mas são tudo situações que evoluíram tão depressa, e é exactamente aí que começa o meu medo. Eu tento, juro-te que tento, mas sou sempre assaltada por este medo intimidante que não me deixa acreditar totalmente em tudo o que dizes, em tudo o que somos. E no entanto, no momento logo a seguir, volto a acreditar em tudo, volto a acreditar que o que estamos a viver é uma verdade inquestionável. É difícil de explicar toda esta sintonia que temos, toda esta necessidade de te ver constantemente, de falar contigo a toda a hora, de estar contigo. Preciso de ti, aqui junto a mim, agora e para sempre. Quando não estás fazes uma falta tremendamente enorme para ser explicada. Estás em tudo o que faço, o que penso, o que digo. Directa ou indirectamente. Sim, às vezes é como se vivesse por e para ti. E apesar de isso soar maravilhoso, eu sei que não o é. Porque nunca devemos viver em função de ninguém, a não ser de nós mesmos. A pouco e pouco, vou aprendendo isso. Os meus erros ensinaram-me tanto. E sei, ou quero acreditar, que contigo não vou errar. Porque contigo é tudo perfeito demais para se cometerem erros. Tu sabes como me agradar, tu sabes o que eu quero, o que eu gosto, o que eu penso. Até porque a ti eu sou capaz de dizer tudo o que penso, contigo não há margens para a frontalidade. E é tão bom ter alguém em quem eu sei que posso confiar sem limites. Baseamo-nos tanto nesta confiança mútua, isso é de facto um dos maiores alicerces que construímos nesta grande amizade. Encontrámos um no outro as semelhanças que precisamos, as qualidades e defeitos que nos fazem falta. Perante isto, muitas pessoas diriam que nos completamos. Eu não sei se diria dessa forma. Porque apesar de tudo, até agora vivemos um sem o outro e sempre estivemos completos, cada um à sua maneira. Mas diria que fazemos falta um ao outro. Agora que criámos este processo de habituação, é difícil de abandonar este ainda pequeno percurso feito em conjunto. A estrada já não teria o mesmo sentido. São muitas as coisas que ficam na memória, muitos momentos, muitas conversas. Mas, de certa forma, assusta-me esta nossa falta de capacidade para definir o que realmente somos e o que seremos. Será tudo um receio de estragar o que existe? Ou será receio do que somos ou queremos ser? São tantas mais as perguntas e ainda mais as respostas que temos que fazer corresponder às questões. Porque, no fundo, nós possuímos as respostas, mas temos medo de as dizer, de as usar. Isto na minha visão, que é sempre algo utópica. Será assim tão difícil eu habituar-me a deixar as coisas acontecerem naturalmente, habituar-me a apenas saborear o momento?! É um facto que eu já me habituei a esquecer o passado em tudo o que vivo, mas terei já aprendido a esquecer o futuro e viver apenas o presente? Sim, eu intelectualizo de mais. É talvez um dos meus maiores defeitos. Porque os sentimentos são para serem sentidos e não para serem pensados. Mas não sei se algum dia serei capaz de me livrar de todos estes terríveis defeitos que me assolam e que destroem a minha capacidade de viver o presente sem receios. Contudo, tu ensinas-me a ser uma pessoa muito melhor e por momentos fazes-me esquecer das minhas imperfeições mais imperfeitas e tornas-te assim tu um ser cada vez mais perfeito. Sim, eu sei, a perfeição não existe, mas temos sempre de ter metas que nos ajudem a melhorar e ultrapassar os desafios. E tu és uma das minhas metas mais importantes. Best <3
Ana"
Tenho amigos especiais, pessoas que me detestam e conhecidos. Dou valor apenas aos amigos, eles fazem-me feliz. Às vezes desiludem-me, mas se forem realmente amigos, significa que a amizade prevalecerá a tudo. Dou valor a algumas pequenas coisas da minha vida e a algumas outras que não são tão pequenas assim. A minha felicidade nem sempre consiste no habitual para as outras pessoas. Aprendi a viver à minha maneira, a tirar partido das coisas boas e deixar as más (ou menos boas) para trás. Cansei-me de explicar porque ajo de certas maneiras, nunca ninguém compreendeu o que vai nesta cabecinha e julgo que nunca ninguém irá perceber. Nem sempre faço as coisas certas, mas também nem sempre faço as erradas. Desde que eu me perceba, it’s allright. Às vezes, acho que tenho falta de sentimento (e acho que os outros acham o mesmo), é grave porque fico impassível às coisas que acontecem, quando deveria acontecer o contrário. Sinto saudades de muitas coisas do passado, mas o presente e o que nele construi colmata muitos espaços e lacunas. Tenho boas qualidades e terríveis defeitos. Controlo a minha vida, que ninguém duvide. Penso por mim própria, não preciso da aceitação de ninguém e quem inveja tudo o que sou e tenho tem de tratar a dor de cotovelo [pode ser bem grave]. A minha vida é feita de sorrisos e gargalhadas, bons momentos, boas recordações e pessoas especiais. O que existe de mau, para mim, não é vida no verdadeiro sentido da palavra. Tento retribuir a felicidade que as pessoas importantes da minha vida me dão.