quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Essência

Ainda recordo a doce essência que a tua pele suave emana. Essa essência que prevaleceu em mim aquando da primeira subtil troca de olhares, do primeiro amedrontado toque entre peles tão desconhecidas quanto as nossas, do primeiro sussurrar de palavras amenas entre suspiros escondidos. Essa essência que, por mais que tente, nunca irei conseguir decifrar e interpretar qual a sua origem. Essa essência que mexe comigo e me deixa à espera de algo de ti. Essa essência que faz com que o meu coração palpite mais velozmente. Essa essência com que te encontro sempre à minha espera, já de sorriso maroto. Essa essência que me faz suspirar como se fosse uma adolescente a lidar com o primeiro amor. Essa essência que me acompanha noite e dia. Essa essência junto da qual eu vejo o pôr do sol, o mais belo pôr do sol de sempre. Essa essência que me leva à lua e me traz de volta no mesmo instante. Essa essência que recordo nos meus utópicos sonhos. Essa essência que me tirou do sério e me fez rir. Essa essência que me prende a ti e não me deixa sair. Essa essência que é o teu doce aroma, a tua alma sonhadora. Essa essência que adoro e nunca irei esquecer.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Choro

Choro. Choro porque o instante não me abona. Encontrei no meu âmago a sensação de toda a minha vida ter percorrido um caminho que inexoravelmente me conduziu a ti. O antes de ti foi vazio. Serás razão para gordas gotas salgadas correrem sistematicamente pelo meu rosto, de sorriso mais que apagado? Marcaste a minha sina, sinto que voltei a não ser capaz de ter um mínimo de controlo sobre os meus sentimentos tão fortes, mas tão pequeninos nas suas capacidades de luta. Revelaste-te omnipresente na minha mente, o vento traz-te até mim e logo de seguida leva-te, vejo cada pedaço de ti, não como no ontem, mas como no agora que se me afigura sombrio. Choro. Não retornas às minhas mãos, eu não povoo os teus sonhos, não faço parte das coisas essenciais para viveres. Sinto-me um nada a flutuar no ar, a pairar sem destino traçado. Apagaste as minhas imunidades, revelaste o meu lado frágil e depois fugiste com tudo o que me retirava as fraquezas. Fizeste as malas, encheste-as com os momentos que tínhamos passado, apenas me deixaste um último beijo, com sabor a muito pouco, e partiste. Fiquei na sombra, no recanto usual em que sempre me refugiei, chorei abundantemente e tentei afastar o medo da solidão que se tentava apoderar de mim. Começo a perceber que não sou capaz de suportar a tua ausência, é demasiado absurdo tentar reiniciar a minha vida, uma vida que sempre foi feita com e para ti, nada mais faz sentido. Quis seguir-te, tentar entrar de novo na tua vida, mas percebi que já não era bem-vinda a ela. Tornaste-te frio, procuraste afugentar-me. E isso não permito. Agora quero-te longe, vai para bem longe daqui e nunca mais te afigures à minha frente ou me dirijas qualquer conjunto de palavras. Fartei-me de ti, não mais te consigo suportar desta forma hipócrita. No entanto, ainda te amo e choro a tua ausência e a tua mudança. Como nunca havia chorado por ninguém. Sim, ainda te amo muito, meu amor.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fechaste a porta do teu olhar

Fechaste a porta do teu olhar. Senti tudo ficar escuro à minha volta, o mundo parou e as janelas da minha mente foram fechadas também. Ias-te embora, pela estrada por onde outrora vinhas ao meu encontro. Doía por dentro. As lágrimas irromperam dos meus olhos, sublinhei o desespero do meu amor. Nunca saberás o quanto me custou, ali sentada, de face húmida, a ver-te partir pela rua abaixo, de costas voltadas para mim. Quis correr para ti mas percebi que isso nada mudaria, só tornaria o momento ainda mais penoso. Não ousaste olhar nenhuma vez para trás. Chorarias ou não me quererias encarar uma última vez? Foi tão duro, nunca mais quero experimentar a dor de uma partida. As nuvens corriam velozes, como que a anunciar que também tu saías da minha vida de forma veloz. Deixei de te ver, viraste a esquina ao fundo daquela rua que tinha presenciado o nosso Adeus para sempre. Deixei-me ficar semi-deitada nas escadas daquela casa onde tantas vezes me tinhas vindo trazer, nas escadas para onde o mundo me tinha atirado sozinha de forma cruel. Anoitecia pouco a pouco. Muitas pessoas passaram, poucas se preocuparam com as lágrimas que rolavam repetidamente pela minha cara abaixo. Por vezes, subitamente, olhava para o fundo da rua; podias ter percebido que aquele não era o teu caminho, apenas o poderia ser se feito comigo. Mas não, tu não voltaste, não te lembraste que eu ainda te poderia ali esperar. Anoiteceu por completo, já só o brilho da lua lá no céu longínquo testemunhava o meu sofrimento naqueles degraus polidos pelo meu pranto. Pensei em levantar-me, sair dali, mas as forças eram poucas, tinhas-me deixado num estado de completa exaustão. Como era possível que de um momento para o outro tudo se desmoronasse à minha volta? Não tinha mais em que acreditar, havia perdido tudo o que ainda me fazia viver por assim o desejar, havia-te perdido a ti. E não sabia ao que me havia de agarrar para continuar os meus dias e ultrapassar cada momento de solidão. Ahhh! Apetecia-me gritar contra o mundo tão cruel para mim naquele dia. A mágoa invadiu-me por completo. Levantei-me por fim, deambulei pela cidade adormecida pela noite, notando todo o encanto que ela tinha perdido. A minha vida também tinha perdido todo o encanto. Cansei-me de vaguear, voltei para aqueles degraus, para a minha casa. Empurrei a porta com estranho pesar, senti aquele espaço demasiado vazio. Caí mesmo ali no sofá e adormeci a chorar.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pura inocência

Tenho saudades dos meus tempos de criança, uma rapariguinha feliz e ingénua. Gostava tanto de brincar, como qualquer miúda. O meu mundo era um faz de conta e a minha vida saía dos livros de contos de fadas, que sempre entendi não poderem ser reais. Adorava sair pela minha janela sem ninguém saber e ir explorar o mundo, correr, saltar. Subia às árvores, como um miúdo, e nas cerejeiras ficava lá escondida a comer cerejas. Era tão bom. Hoje não tenho tempo para uma tão simples tarefa como essa. Amava o meu quarto, e ainda amo. Com um simples empurrar da porta, e um passo em frente, sempre lá consegui encontrar retalhos importantes do meu mundo, aquele em que sonhava viver. Chateava me vezes sem conta com a minha mãe (e ainda hoje me chateio) e sempre encontrava no meu avô um defensor à altura de um bom advogado de defesa. Sentia o mundo girar nas minhas mãos, característica que ainda hoje perdura. Seja ela boa ou má. Queria sempre fugir e amuar, mas ninguém me deixava. Por isso, amuava para me deixarem amuar. Desejava ser mais velha, para poder fazer tudo o que me apetecesse. Hoje vejo que isso nunca pode acontecer. Naqueles tempos, queria um balão, sempre que via um. Adorava balões. E era tão doloroso para mim quando eles me fugiam e voavam para o céu longínquo. Amava os momentos passados com a minha prima (e ainda hoje amo). Éramos (e somos) as melhores amigas. As nossas brincadeiras eram tão parvas, mas tão enriquecedoras e engraçadas. Detestava a Carolina, por disputarmos a atenção da Andreia. Hoje somos 3 pépias bem amigas e recordamos esses momentos com muitas gargalhadas. Nos tempos de infância, ainda conhecia poucos dos amigos que hoje preenchem a minha vida. Alguns ficaram para trás, assim aconteceu, nada posso fazer senão conformar-me. Em miúda era muito tímida. Só ia ao colo da minha mãe, nunca falava à primeira com ninguém e detestava que me apertassem as bochechas e dissessem o típico “Cutxi, cutxi, cutxi, tão fofinha que ela é!”. Também não gostava que dissessem “Ela está tão crescida!”, porque, ou as pessoas nunca me tinham visto ou estavam claramente a mentir. Queria viajar, conhecer novos mundos, partir à descoberta, agarrar sonhos e partir à concretização deles. O mundo era tão pequeno para tantas descobertas e partilhas que eu tinha para fazer. Hoje sei que nada é como imaginamos quando estamos na idade da pura inocência e que as pessoas entram e saem da nossa vida, poucas permanecem. E é às que desde que entraram na minha vida, lá mereceram ficar, que eu tenho que dizer um Obrigado do fundo do <3. Porque há pessoas que o merecem. Elas sabem quem são. Para as outras, tenho de informar que já não vivo na idade da inocência.

domingo, 26 de outubro de 2008

You make me smile

You make me smile. Sim, fazes me sorrir. Nunca soube bem porquê, e acho que nunca saberei a razão exacta. Sei apenas que trazes de volta o sorriso que por vezes se perde da minha face, sei que ainda vives no meu sonho, sei que me fazes sorrir como se não houvesse amanhã e esse sorriso é puro, é verdadeiro, é o espelho do meu afecto por ti. Fazes-me sorrir nas noites em que sinto o teu afago quente e suave, nos momentos em que me fazes sentir protegida, nos segundos em que o tempo pára e o teu sibilar me envolve. Nesses fabulosos extractos de tempo eu sinto o melhor de ti e tu revelas o melhor de mim. Fazes-me sorrir com as tuas doces palavras, com o teu jeitinho de ser que tanto me apaixonou, com aqueles gestos que mostram a essência da paixão. Fazes-me sorrir ao te ver de novo, ao ver que tenho um novo sinal, uma nova mensagem tua, fazes-me rir da insólita dor de barriga que me dá sempre que falo contigo. Fazes-me sorrir quando voltas, quando te aproximas, quando te recordas de mim, fazes-me sorrir de cada vez que me levas a viajar de novo no teu mundo. Fazes-me sorrir porque o presente contigo é tão bom e porque o dia de amanhã ainda pode ser melhor. Fazes-me sorrir de cada vez que não me dás motivos para ficar triste contigo, fazes-me sorrir em momentos que para sempre quero guardar comigo; nunca os quero perder nas teias do tempo. Fazes-me sorrir sempre que te sinto comigo, mais perto de mim. Fazes-me sorrir, porque és tu <3 .

Sonho

Sonho, porque enquanto sonho o meu mundo aparece ao meu redor. O meu mundo torna se real por breves instantes, concretizo imagens da minha mente, sinto sentimentos sinestésicos. Durante breves momentos vejo à minha volta ideias e quimeras apenas almejadas pela minha frágil alma, sempre ansiosa por um renascer que nunca vem. Sonho, e enquanto sonho, existo. Crio o meu ser, invento uma nova vida, descubro que posso ser mais e mais. E o encantamento é justamente esse.

Sonhei contigo

Sonhei contigo esta noite. Um sonho que poderia ter sido igual a todos os outros, mas não o foi. Não mais era o mesmo cenário, os mesmos afectos, não mais éramos as mesmas pessoas. Não mais era um sonho. Foi duro perceber que o antigo idílio nunca irá acontecer e que agora o que tenho se resume a um sonho desfeito. E sei que esta noite esta quimera me vai acompanhar de novo, esta e todas as noites que a seguir virão. Quebraste as asas que me davam liberdade para sonhar contigo, connosco. Vieste, disseste as palavras que eu não esperava ouvir, pediste mil desculpas, e foste. Mas as tuas desculpas não alteram o sentimento de que me jogaste na abjecção, não fazem o pranto voltar para onde nunca deveria ter saído, não fazem com que eu esqueça que me enganaste, mais uma vez. Colocas-me sempre nesta ilusão de que tudo voltou ao normal, para depois me deixares sempre na lamúria. Fazes com que eu sinta que sempre que voltas para ao pé de mim eu perco o controlo sobre mim própria e deixo de me lembrar que a seguir vem o momento de me magoares, deixo de saber que, mesmo que não seja essa a tua intenção, no final me vais sempre ferir a alma. Não, o sonho já não é o mesmo de ontem, esta noite acordei de novo para a realidade que se resume a dois caminhos divergentes.

sábado, 25 de outubro de 2008

Apática

Olho para tudo com estranha apatia. Nada está como ontem. As coisas voaram céu fora e não me avisaram da sua partida. Tudo mudou, o vento tudo revolveu, os sentimentos foram vilipendiados, as ilusões tornaram-se meras existências, as palavras secaram, a esperança acabou. Nunca esperei tudo isto, aconteceu da noite para o dia. Entreguei-me ao vento, mas ele não me fez partir daqui. Larguei ambições, desejos, sonhos, quimeras e passei a apenas aceitar realidades. Estava farta de toda a hipocrisia adjacente às relações humanas, de todos os sorrisinhos falsos, de tudo o que não era verdade. E então tornei-me frontal. Eu mudei, tu mudaste, todos mudaram. E agora resta-nos aprender a viver com a mudança.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Seguir ou ficar?

É tão difícil compreender tudo, decidir se sigo em frente ou estagno neste sítio onde ambos permanecemos por agora. Singraremos caso prossigamos em frente? O caminho que avistamos é tao repleto de nevoeiro, não há como ver nada do que nos espera, não há como compreender o que nos faz querer ficar aqui, onde tudo é tão perfeito e, simultaneamente, tão idílico.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

(:

Muito do que precisamos são verdadeiros sorrisos .

Best <3

Pensei, repensei e tornei a pensar em tudo. Fazes-me bem, sabes?! Tentei encontrar as coisas erradas em ti, em nós, mas não encontrei. É como se toda a minha vida anterior tenha sido apenas um prelúdio, uma jornada até ti. Agora sinto que nada pode abalar esta felicidade, no entanto tenho consciência de que não deveria pensar assim. Eu tento duvidar de tudo, mas não consigo. Tu não me dás qualquer razão para duvidar, tu só me dás razões para cada vez mais confiar em tudo o que se cinge a nós. Todos os dias que passam são as provas que precisava definitivamente para confirmar que és o que eu queria, que és o que eu sempre busquei e com dificuldade encontrei e alcancei. Tu tens as qualidades que eu gosto, tu tens os defeitos que eu sou capaz de suportar, tu és o tudo em contraste com o nada que eu tinha. Num tão curto espaço de tempo, construímos tanto. Nunca pensei que atingíssemos um patamar tão alto, tu tornaste-te tão vital, tão importante. E eu julgo que também me tornei assim importante para ti. Fazes-me bem, agora sim o meu sorriso está completo. Sim, nós temos sentimentos diferentes, ambos sabemos. Mas a pouco e pouco, fui-me habituando a pensar apenas na amizade que nos une, a pensar em ti como amigo, um amigo especial apenas. E o outro sentimento, que continua a existir, que era tão grande, mas tão pequenino na sua força, fortaleceu imenso, agora está fortíssimo e acho que não terminará a curto prazo. Dás-me asas para sonhar, deixas-me acreditar que podemos construir muito mais do que aquilo que já edificamos. Mas são tudo situações que evoluíram tão depressa, e é exactamente aí que começa o meu medo. Eu tento, juro-te que tento, mas sou sempre assaltada por este medo intimidante que não me deixa acreditar totalmente em tudo o que dizes, em tudo o que somos. E no entanto, no momento logo a seguir, volto a acreditar em tudo, volto a acreditar que o que estamos a viver é uma verdade inquestionável. É difícil de explicar toda esta sintonia que temos, toda esta necessidade de te ver constantemente, de falar contigo a toda a hora, de estar contigo. Preciso de ti, aqui junto a mim, agora e para sempre. Quando não estás fazes uma falta tremendamente enorme para ser explicada. Estás em tudo o que faço, o que penso, o que digo. Directa ou indirectamente. Sim, às vezes é como se vivesse por e para ti. E apesar de isso soar maravilhoso, eu sei que não o é. Porque nunca devemos viver em função de ninguém, a não ser de nós mesmos. A pouco e pouco, vou aprendendo isso. Os meus erros ensinaram-me tanto. E sei, ou quero acreditar, que contigo não vou errar. Porque contigo é tudo perfeito demais para se cometerem erros. Tu sabes como me agradar, tu sabes o que eu quero, o que eu gosto, o que eu penso. Até porque a ti eu sou capaz de dizer tudo o que penso, contigo não há margens para a frontalidade. E é tão bom ter alguém em quem eu sei que posso confiar sem limites. Baseamo-nos tanto nesta confiança mútua, isso é de facto um dos maiores alicerces que construímos nesta grande amizade. Encontrámos um no outro as semelhanças que precisamos, as qualidades e defeitos que nos fazem falta. Perante isto, muitas pessoas diriam que nos completamos. Eu não sei se diria dessa forma. Porque apesar de tudo, até agora vivemos um sem o outro e sempre estivemos completos, cada um à sua maneira. Mas diria que fazemos falta um ao outro. Agora que criámos este processo de habituação, é difícil de abandonar este ainda pequeno percurso feito em conjunto. A estrada já não teria o mesmo sentido. São muitas as coisas que ficam na memória, muitos momentos, muitas conversas. Mas, de certa forma, assusta-me esta nossa falta de capacidade para definir o que realmente somos e o que seremos. Será tudo um receio de estragar o que existe? Ou será receio do que somos ou queremos ser? São tantas mais as perguntas e ainda mais as respostas que temos que fazer corresponder às questões. Porque, no fundo, nós possuímos as respostas, mas temos medo de as dizer, de as usar. Isto na minha visão, que é sempre algo utópica. Será assim tão difícil eu habituar-me a deixar as coisas acontecerem naturalmente, habituar-me a apenas saborear o momento?! É um facto que eu já me habituei a esquecer o passado em tudo o que vivo, mas terei já aprendido a esquecer o futuro e viver apenas o presente? Sim, eu intelectualizo de mais. É talvez um dos meus maiores defeitos. Porque os sentimentos são para serem sentidos e não para serem pensados. Mas não sei se algum dia serei capaz de me livrar de todos estes terríveis defeitos que me assolam e que destroem a minha capacidade de viver o presente sem receios. Contudo, tu ensinas-me a ser uma pessoa muito melhor e por momentos fazes-me esquecer das minhas imperfeições mais imperfeitas e tornas-te assim tu um ser cada vez mais perfeito. Sim, eu sei, a perfeição não existe, mas temos sempre de ter metas que nos ajudem a melhorar e ultrapassar os desafios. E tu és uma das minhas metas mais importantes. Best <3

Ana"

Tenho amigos especiais, pessoas que me detestam e conhecidos. Dou valor apenas aos amigos, eles fazem-me feliz. Às vezes desiludem-me, mas se forem realmente amigos, significa que a amizade prevalecerá a tudo. Dou valor a algumas pequenas coisas da minha vida e a algumas outras que não são tão pequenas assim. A minha felicidade nem sempre consiste no habitual para as outras pessoas. Aprendi a viver à minha maneira, a tirar partido das coisas boas e deixar as más (ou menos boas) para trás. Cansei-me de explicar porque ajo de certas maneiras, nunca ninguém compreendeu o que vai nesta cabecinha e julgo que nunca ninguém irá perceber. Nem sempre faço as coisas certas, mas também nem sempre faço as erradas. Desde que eu me perceba, it’s allright. Às vezes, acho que tenho falta de sentimento (e acho que os outros acham o mesmo), é grave porque fico impassível às coisas que acontecem, quando deveria acontecer o contrário. Sinto saudades de muitas coisas do passado, mas o presente e o que nele construi colmata muitos espaços e lacunas. Tenho boas qualidades e terríveis defeitos. Controlo a minha vida, que ninguém duvide. Penso por mim própria, não preciso da aceitação de ninguém e quem inveja tudo o que sou e tenho tem de tratar a dor de cotovelo [pode ser bem grave]. A minha vida é feita de sorrisos e gargalhadas, bons momentos, boas recordações e pessoas especiais. O que existe de mau, para mim, não é vida no verdadeiro sentido da palavra. Tento retribuir a felicidade que as pessoas importantes da minha vida me dão.