quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Best <3

Pensei, repensei e tornei a pensar em tudo. Fazes-me bem, sabes?! Tentei encontrar as coisas erradas em ti, em nós, mas não encontrei. É como se toda a minha vida anterior tenha sido apenas um prelúdio, uma jornada até ti. Agora sinto que nada pode abalar esta felicidade, no entanto tenho consciência de que não deveria pensar assim. Eu tento duvidar de tudo, mas não consigo. Tu não me dás qualquer razão para duvidar, tu só me dás razões para cada vez mais confiar em tudo o que se cinge a nós. Todos os dias que passam são as provas que precisava definitivamente para confirmar que és o que eu queria, que és o que eu sempre busquei e com dificuldade encontrei e alcancei. Tu tens as qualidades que eu gosto, tu tens os defeitos que eu sou capaz de suportar, tu és o tudo em contraste com o nada que eu tinha. Num tão curto espaço de tempo, construímos tanto. Nunca pensei que atingíssemos um patamar tão alto, tu tornaste-te tão vital, tão importante. E eu julgo que também me tornei assim importante para ti. Fazes-me bem, agora sim o meu sorriso está completo. Sim, nós temos sentimentos diferentes, ambos sabemos. Mas a pouco e pouco, fui-me habituando a pensar apenas na amizade que nos une, a pensar em ti como amigo, um amigo especial apenas. E o outro sentimento, que continua a existir, que era tão grande, mas tão pequenino na sua força, fortaleceu imenso, agora está fortíssimo e acho que não terminará a curto prazo. Dás-me asas para sonhar, deixas-me acreditar que podemos construir muito mais do que aquilo que já edificamos. Mas são tudo situações que evoluíram tão depressa, e é exactamente aí que começa o meu medo. Eu tento, juro-te que tento, mas sou sempre assaltada por este medo intimidante que não me deixa acreditar totalmente em tudo o que dizes, em tudo o que somos. E no entanto, no momento logo a seguir, volto a acreditar em tudo, volto a acreditar que o que estamos a viver é uma verdade inquestionável. É difícil de explicar toda esta sintonia que temos, toda esta necessidade de te ver constantemente, de falar contigo a toda a hora, de estar contigo. Preciso de ti, aqui junto a mim, agora e para sempre. Quando não estás fazes uma falta tremendamente enorme para ser explicada. Estás em tudo o que faço, o que penso, o que digo. Directa ou indirectamente. Sim, às vezes é como se vivesse por e para ti. E apesar de isso soar maravilhoso, eu sei que não o é. Porque nunca devemos viver em função de ninguém, a não ser de nós mesmos. A pouco e pouco, vou aprendendo isso. Os meus erros ensinaram-me tanto. E sei, ou quero acreditar, que contigo não vou errar. Porque contigo é tudo perfeito demais para se cometerem erros. Tu sabes como me agradar, tu sabes o que eu quero, o que eu gosto, o que eu penso. Até porque a ti eu sou capaz de dizer tudo o que penso, contigo não há margens para a frontalidade. E é tão bom ter alguém em quem eu sei que posso confiar sem limites. Baseamo-nos tanto nesta confiança mútua, isso é de facto um dos maiores alicerces que construímos nesta grande amizade. Encontrámos um no outro as semelhanças que precisamos, as qualidades e defeitos que nos fazem falta. Perante isto, muitas pessoas diriam que nos completamos. Eu não sei se diria dessa forma. Porque apesar de tudo, até agora vivemos um sem o outro e sempre estivemos completos, cada um à sua maneira. Mas diria que fazemos falta um ao outro. Agora que criámos este processo de habituação, é difícil de abandonar este ainda pequeno percurso feito em conjunto. A estrada já não teria o mesmo sentido. São muitas as coisas que ficam na memória, muitos momentos, muitas conversas. Mas, de certa forma, assusta-me esta nossa falta de capacidade para definir o que realmente somos e o que seremos. Será tudo um receio de estragar o que existe? Ou será receio do que somos ou queremos ser? São tantas mais as perguntas e ainda mais as respostas que temos que fazer corresponder às questões. Porque, no fundo, nós possuímos as respostas, mas temos medo de as dizer, de as usar. Isto na minha visão, que é sempre algo utópica. Será assim tão difícil eu habituar-me a deixar as coisas acontecerem naturalmente, habituar-me a apenas saborear o momento?! É um facto que eu já me habituei a esquecer o passado em tudo o que vivo, mas terei já aprendido a esquecer o futuro e viver apenas o presente? Sim, eu intelectualizo de mais. É talvez um dos meus maiores defeitos. Porque os sentimentos são para serem sentidos e não para serem pensados. Mas não sei se algum dia serei capaz de me livrar de todos estes terríveis defeitos que me assolam e que destroem a minha capacidade de viver o presente sem receios. Contudo, tu ensinas-me a ser uma pessoa muito melhor e por momentos fazes-me esquecer das minhas imperfeições mais imperfeitas e tornas-te assim tu um ser cada vez mais perfeito. Sim, eu sei, a perfeição não existe, mas temos sempre de ter metas que nos ajudem a melhorar e ultrapassar os desafios. E tu és uma das minhas metas mais importantes. Best <3

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