quinta-feira, 7 de maio de 2009

Não vou a lado algum


Eu precisava de te conseguir dizer que já te esqueci, que já não te amo. Mas não consigo mentir. Tudo está ainda aceso em mim. Por mais que procure sobrepor o sorriso à recordação que se esbate em mim, é demasiado irreal fingir que sou feliz sem ti por perto. Há páginas e páginas de quimera escritas por ambos, e (in)felizmente não terminaram. Gostava de poder afirmar que terminaram sim, afirmar tudo assertivamente, mas não posso. Ficou muito por dizer, acima de tudo ficou muito por sentir. Queria poder dizer palavras bonitas sobre nós, mas já nada pode descrever de forma bela o que somos. Porque nós somos nada. De tudo passamos a coisa nenhuma. Persistem coisas em mim que não sou capaz de entender. A minha cabeça amotina cada pequeno detalhe e não chega a conclusão alguma. Juro-te, só queria perceber tudo, perceber porque nos deixamos de falar subitamente, perceber porque deixamos uma amizade que eu julgava grande terminar abruptamente, perceber em que erramos. Só queria poder voltar atrás e corrigir o que de mal houve. Eu preciso de ti, não te pedia tanto como o que tivemos, só precisava da amizade. De saber que eras incondicionalmente o meu melhor amigo, não necessitava de tudo o resto. Fazes demasiada falta, volta de novo para mim.

2 comentários:

Angelik disse...

O que escreveste trem de tão lindo como de triste!
Quem já não passou por isso!
Beijocas

Borrega disse...

Também espelhaste muito de mim neste texto... Aquele de que gostaste, escrevio há quase dois anos... mas pareceu-me adequado à situação actual, tal como este teu texto e o ultimo da Pandora...

Bj*

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