domingo, 31 de maio de 2009

Queres tirar mais alguma coisa de mim?


Num tempo denominado antigamente, eu sempre encontrava as palavras certas para descrever a forma como me encontrava e o que sentia em relação a tudo. Mas num tempo que chamam de presente ou agora, mas que eu sinto parado, tendo a não conseguir dizer o que preciso de dizer. A minha cabeça fervilha de ideias, mas quando pego na caneta e procuro expor tudo aquilo a que me proponho no papel, a imaginação vai-se, a inspiração esfuma-se e eu fico com dois utensílios de escrita na mão sem saber o que lhes fazer. Nesses momentos sinto-me ridícula, afinal tudo o que tem sucedido só me daria mais razões para realizar a minha já habitual catarse emocional, mas fico incapacitada, olhando hirta para as linhas vazias e procurando um novo fio condutor para as minhas ideias. As minhas palavras são hoje, para mim, algo de difícil alcance.
Já não sei escrever como antigamente, até isso me fizeste perder, obrigadinha.

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