quarta-feira, 17 de junho de 2009
Seremos nada
Escrito em 03-01-2009
Não aceito que cheguemos a esta condição: a quase obrigação de dizer “Olá”, os olhares secos e sem expressão de nada, o evitar passar um pelo outro. Subitamente, tantas palavras doces, tantos sonhos alimentados, tantos momentos partilhados começam a transformar-se em meras memórias que habitam cada vez mais desgastadas nas nossas cabeças. Antes dizias que eu era muito, que tudo o que partilhávamos seria para sempre. Eu não acreditava que fosse para sempre, mas acreditava que na tua vida significava muito, e isso bastou-me para crer que os nossos sentimentos tinham bases sólidas, tinham espaço para crescer. E não é mais assim. Tudo desvairou, começamos um progressivo afastamento e nunca mais iremos voltar ao que fomos. Que é feito de tudo? Não nos restam muitas esperanças, não há forma de crer num futuro que certamente não será escrito em conjunto. Fomos muito, somos algo, seremos nada.
[E não é que naquela altura previ o futuro?]
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2 comentários:
Oh prima, esse texto , aii :S
nem todas as pessoas sao para "sempre", mas ficarao sempre nas nossas memorias!
Tu es bruxa adivinhas as coisas bah! lool
Adorei *
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