sábado, 15 de novembro de 2008

Cansei-me

Cansei-me de ser a última a saber o fim, cansei-me de promessas prometidas e não cumpridas, cansei-me do teu olhar meigo que depois de tudo venho sempre a descobrir que é falso. Cansei-me de juras de amor eterno, que só têm significado no agora. Cansei-me de descobrir que não me amas, cansei-me de perceber que só sirvo de boneca nas tuas mãos, cansei-me de olhar para ti e descobrir que não passas de um calculista. Cansei-me de te ver acordar e sorrir-me sorumbaticamente, cansei-me de falar e não ser ouvida, cansei-me de me esforçar para que tudo resultasse. Cansei-me de pedir-te que ficasses mais um pouco, cansei-me de sonhar contigo, cansei-me de escutar as tuas ofensas. Cansei-me de esperar que chegasses, cansei-me de ir à tua procura pelas vielas da vida, cansei-me de ser tua. Cansei-me de sentimentos mal iluminados, cansei-me do desprezo com que me afastas de ti, cansei-me de te conceder mais uma oportunidade. Cansei-me de te ver todos os dias, cansei-me desta relação que nunca chegará a bom porto, cansei-me de ti, cansei-me de nunca te ter conseguido dizer a palavra certa, por isso agora: Adeus!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Melancolia

Não sei o que me acontece nestes dias. Sou assaltada por uma enorme melancolia. E então só me apetece ripostar contra tudo e todos, só me apetece estar sozinha, só me apetece pensar mal de tudo. Nestes momentos sinto uma enorme vazão interior, parece que nenhum pedaço da minha alma se consegue unir aos restantes e então todo o meu espírito tem de ficar em partes à espera de serem coladas. Não estou completa, apenas tenho essa noção. Falta me algo, falta me muito, não sei, falta me o quê? Esta é já uma pergunta tão antiga na minha cabeça, tão reflectida e no entanto, continuo sem encontrar a resposta. Nunca ansiei tanto a solução de uma questão como anseio a solução desta. Um dia, quando finalmente descobrir, irei conseguir finalmente ser feliz por completo, sem medos, sem angústias, sem esta necessidade de melancolia que me afecta a cada instante?! Não sei, mas gostava de poder tentar.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Confusão

Quando penso que tudo mudou, que nada mais será como antes, que a partir daqui apenas vamos calcorrear um caminho feito de felicidade, aparecem estes contratempos, que me fazem reflectir se tudo o que eu penso não é um erro, se não sou uma simples marioneta, em que pegas sempre que queres brincar e abandonas depois. Eu sei que não és assim, mas no meio de tudo entram os teus amigos que me deixam confusa, que me intimidam com a posição que têm em relação a nós e que lançam aqueles olhares de que sabes que não gosto. E assusta-me pensar que fico desta forma apenas por causa dos teus amigos e não por causa de algo que tenhas feito. Eu não me sinto bem e tu sabes disso. Nós somos algo tão incerto e tudo o que acontece à nossa volta vem aumentar esta incerteza toda. Não sei definir esta sensação que se apoderou de mim, sei apenas que tenho muito medo de te perder e que terei de lutar, lutar muito, para não deixarmos desmoronar-se tudo o que conseguimos, arduamente, edificar.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um dia pensei

# When you get what you want, but not what you need.

# Esqueceste-te de como se sorri, de como se esboça algo tao puro e simples, algo que dá cor e luz à minha vida.

# Tenho a cabeça completamente cheia, atafulhada de todos estes pensamentos, de todas estas dúvidas persistentes.

# It couldn't be better or worst; it could be just like is happening.

[...]

domingo, 9 de novembro de 2008

O destino mudou

Quando sentimos que por alguma razão o mundo nos foge das mãos e que não há luzes a guiar-nos no caminho até casa, tudo parece ter perdido a sua razão de ser. Então, desacreditamos tudo, num acesso de fúria incontrolável que se apodera implacavelmente de nós e não nos permite sentir, apenas e só sentir. Parecemos fraquejar perante qualquer barreira que se nos apresenta, procurámos e não encontrámos as armas com que costumávamos lutar e então a luta mostra-se-nos irremediavelmente perdida, mesmo sem ter sido travada. O desânimo apodera-se do nosso espírito e o arbítrio final surge como certo, tão certo que nem chegámos a duvidar da incerteza que ele pode conter. Procurámos, no meio de nada, forças para continuar, e quando parece que encontrámos o tudo, afinal era somente um idílio produzido pela nossa cabeça entretanto alterada pela sua sede de felicidade. Nunca antes tínhamos imaginado que um dia tudo se tornaria tão cinzento, tão repleto de ruído, tão incerto. E quando o nosso mundo se torna naquilo que não pensamos ele vir a tornar-se algum dia e só queremos partir deste lugar, não há nada a fazer: o coração já se despedaçou.

sábado, 8 de novembro de 2008

Falta algo

Vens desse modo, muito de mansinho, pedes as tuas desculpas, com as palavras de afecto que sempre usas nestas ocasiões e pensas que tudo fica bem. Mas não, tudo fica deteriorado, porque mostraste mais uma vez seres capaz de me desiludir, seres capaz de errar. Sabes, nem sempre as tuas palavras mudam tudo para melhor, às vezes era melhor guardare-las e fazeres uso delas noutras conjecturas. Quando me magoas, não é por dizeres que não o vais fazer mais que eu vou acreditar. Porque tu sempre arranjas forma de eu ter de me preparar para o teu próximo erro, sempre arranjas forma de eu ser obrigada a duvidar de tudo o que temos, o que somos, o que fazemos. Nunca me poderei prender demasiado a ti, porque sei que a qualquer momento poderei ter de me desprender. Não sabes, não imaginas sequer, o que é ter de pensar no futuro desta forma. E tu só fazes planos para o futuro, e acabámos por esquecer de viver o presente, que consegue ser tão bom. Sabes, os dias contigo são fantásticos, mas eu sinto a todo o momento que nos falta algo. E não sei explicar esta ausência indefinida, mas tenho a plena noção de que ela existe. Falta, falta algo. Agora tenho o que queria, mas não tenho o que preciso.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Há quem

Tornamo-nos prisioneiros daquilo em que não acreditamos e no entanto temos necessidade de continuar a lutar por essa mesma coisa. Às vezes, apenas ouvimos palavras impessoais, que perderam o toque, o sabor, o gosto e se tornaram algo demasiado banal para continuarmos a escutar com o entusiasmo de antes. Contudo, nessa mescla, sempre emergem palavras que dão gosto escutar, que nos prendem a atenção e nos transportam para outra dimensão. Há palavras que nos beijam, há palavras que nos elevam, há palavras que nos tornam um tudo no meio de nada. Há quem saiba tornar simples existências em vivências. Há quem saiba mostrar-nos o verdadeiro significado de Vida e ensinar-nos o valor do orgulho em alguém. Há quem nos torne mais e mais. E tu sabes fazer isso como ninguém.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Especial

Cada momento que passo contigo é apenas a confirmação de que te quero ao meu lado para sempre. Não consegues sequer imaginar o quanto me fazes feliz com cada sorriso, com cada toque, com cada palavra, com cada beijo. Sim, tu és diferente e é talvez isso que me faz gostar tanto de ti. És especialmente especial. Não sei como te agradecer toda a felicidade que trouxeste à minha vida, cada sorriso meu é apenas mais um simples agradecimento por seres quem és e por me fazeres tão feliz. Nunca te quero perder. Antes, eu sabia viver sem ti, porque nunca tinha vivido contigo. Mas agora que sei a dádiva que é poder ter-te por perto, não conseguiria suportar a minha vida sem ti. Adoro-te tanto, tanto, quero-te comigo a toda a hora e cada hora que estás comigo é fantástica. És essencial! Amo-te <3

domingo, 2 de novembro de 2008

As palavras

Dizemos sempre coisas de que nos arrependemos. Talvez porque antes de as proferirmos não pensamos no impacto que vão causar em quem as escutar, talvez porque não pensamos no que estamos a dizer e acabámos por dizer palavras que não são o que sentimos, talvez porque não sabemos medir as consequências dos nossos actos. Por muitos talvezes. E sempre que queremos que acreditem verdadeiramente nas nossas palavras falamos baixinho. Porque desse modo as palavras soam doutra forma, porque desse modo as palavras transformam-se em verdades inquestionáveis para nós. As palavras são capazes de ser tão mágicas. Só quem as conhece verdadeiramente conhece o mistério que estas encerram. Com as palavras, podemos ferir, orgulhar, felicitar, alegrar, entristecer, zangar, podemos fazer tanto com tão pouco. As palavras são algo de fabuloso, sem qualquer dúvida.

sábado, 1 de novembro de 2008

Tudo foi ilusão

Acordas vivo e, no entanto, não sabes como viver. Sentes uma enorme falta de percepção quanto a tudo. Não sabes como irás enfrentar mais um dia, igual a tantos outros, ou ainda pior. Tudo o que passou foram situações que não soubeste viver, que não foste capaz de compreender e aceitar. E agora restam-te as cinzas escuras de algo que afinal nunca tiveste em tua posse. Sentes que nunca foram verdadeiramente um do outro. E esse sentimento não poderia ser mais nefasto. Cada momento, cada sorriso, cada toque, cada lágrima, cada beijo parecem te agora mentiras muito bem construídas, parece-te um grande teatro, em que foste um actor principal a actuar como actor secundário. Tudo o que viveste foram puras ilusões e agora sentes-te atraiçoado. Não poderia ser mais duro, não poderia ter corrido pior. Todo o idílio que construíram desmorona-se e acordas para a realidade em que afinal sempre viveste. E ela não é como desejas.